Mora Alves, pseudônimo de Maria Aparecida Araujo Moreira, moradora e funcionária pública na Secretaria de Saúde no Município de Guarulhos.
Autora do livro Um Novo Amanhecer pela Editora Livre Expressão.
Participação em alguns livros de Antologia:
Melhores da Poesia Brasileira – Organizadoras: Jane Rossi e Mônica Rosenberg
Destaque da Poesia em 2011 – Organizador : Raimundo Nonato
Participação na Bienal de São Paulo em 2010 com o livro de Antologia: Poesias Contos e Crônicas pela editora All Print
Participação na coluna do Jornal Cumbica News, onde escreve contos em histórias do cotidiano.
Divulgação de frases de otimismo, poesia e contos no site: www.moraalves.com e no
Blog: www.moraalves.blogspot.com.br
Prefácio do livro Um Novo Amanhecer
Um Novo Amanhecer - Cíntia e Alberto
Aqui, tudo é bem dito. Geralmente sem muita retórica. Na autora transbordam as palavras, fervilham as idéias que ela vai emendando de um jeito tão especial que outra coisa não é senão Arte. Palavras, fios d’água com que a autora vai tecendo a vida dos personagens. Água, vida, movimento, ondas caudalosas lembrando a todo instante do oceano de criatividade dessa nova autora.
Em Um Novo Amanhecer, incomum, mesmo, só o amor. Sim, é de amor que a autora fala todo o tempo, e de um jeito tão raro como raro o próprio amor o é, sabemos, principalmente nos últimos tempos. Mas não esperem pieguices. A despeito dos diálogos simples, diretos, e da vida linear, é o ato contundente que, repentinamente, descortina a realidade. Digamos mesmo que a autora escreve um “a vida como ela é” mas que somente o percebemos, de fato, na medida em que desvendamos o íntimo dos personagens. Suas fraquezas, paixões, grandiosidades e compaixões.
Um Novo Amanhecer se evidencia enquanto proposta para a cidadania. Isso fica latente todo o tempo, principalmente através dos personagens principais, Cíntia e Alberto e o trabalho que desempenham, um como psicólogo e outro como assistente social: “... a sociedade adoecia, pois cada vez mais as pessoas estavam preocupadas em ter e não em ser; ter um tipo de beleza, objetos de consumo, padrão de vida, sempre mais. “Pagavam caro por isso... Por outro lado havia o hospital, outra realidade, onde os pacientes sabiam apenas que teriam que ser pacientes...”. O curioso é que ser psicólogo e assistente social não foi justificativa ou simplesmente um meio para a atuação de ambos. O que mais a autora mostra é o perfil humanista deles. Isso nos sugere que exercer a cidadania e o amor é papel que não carece de formação específica, sendo o amor ao outro o ponto de equilíbrio das relações, fato que depende de cada um de nós.
Mas o que mais nos fala esse romance é sobre brevidade de tudo. Sim, eu me vi pensando nisso, e no quanto a“vida são só dois dias”, e isso muitos já o disseram. Talvez não como Mora Alves, que o faz nas entrelinhas desse romance.
Um novo amanhecer. Surpresa, surpresa da boa, assim, escrito em duplicata, talvez para nivelar com o que sinto ao escrever esta apresentação, simplória até, em vista do que nos mostra Mora Alves, pseudônimo de Maria Aparecida Araujo Alves, Cidinha para os familiares. Enquanto irmã, eu posso ser suspeita para falar, dirão alguns, mas o que mais eu poderia dizer, a não ser que desponta no cenário literário muito mais do que uma promessa?
Cissa de Oliveira
Professora, bióloga e escritora.
Campinas-SP
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