Não. Beijemo-nos, apenas,
Nesta agonia da tarde.
Guarda
Para um momento melhor
Teu viril corpo trigueiro.
O meu desejo não arde;
E a convivência contigo
Modificou-me - sou outro...
A névoa da noite cai.
Já mal distingo a cor fulva
Dos teus cabelos - És lindo!
A morte,
devia ser
Uma vaga fantasia!
-Esse desmaio na voz.
Sim, beijemo-nos apenas,
Que mais precisamos nós?
in POESIA PORTUGUESA CONTEMPORÁNEA (1977)
www.bibliothequeduvalais.blogspot.com tem 1 exemplar de POESIA PORTUGUESA CONTEMPORÁNEA (1977) disponivel 20 €. Para adquirir ou saber mais sobre a obra deverá contactar voarnapoesiablog@gmail.com.
Nesta agonia da tarde.
Guarda
Para um momento melhor
Teu viril corpo trigueiro.
O meu desejo não arde;
E a convivência contigo
Modificou-me - sou outro...
A névoa da noite cai.
Já mal distingo a cor fulva
Dos teus cabelos - És lindo!
A morte,
devia ser
Uma vaga fantasia!
-Esse desmaio na voz.
Sim, beijemo-nos apenas,
Que mais precisamos nós?
in POESIA PORTUGUESA CONTEMPORÁNEA (1977)
www.bibliothequeduvalais.blogspot.com tem 1 exemplar de POESIA PORTUGUESA CONTEMPORÁNEA (1977) disponivel 20 €. Para adquirir ou saber mais sobre a obra deverá contactar voarnapoesiablog@gmail.com.
António Botto (1897-1959) nasceu em Alvega, concelho de
Abrantes, indo muito novo para Lisboa na companhia dos pais.
Trabalhou numa
livraria, indo depois para África como funcionário público.
Em 1947 partiu para
o Brasil, morrendo atropelado no Rio de Janeiro em 1959.
A sua obra poética,
admirada por Fernando Pessoa e pelo grupo da
Presença, é vasta.
No entanto, a sua obra mais conhecida é
Canções, publicada em 1921 e desde logo causa de escândalo nos meios
intelectuais portugueses por ser uma obra explicitamente pederasta.
Além desta
obra, publicou: Cantigas de Saudade (1918), Canções do Sul (1920),
Motivos de Beleza (1923), Curiosidades Estéticas (1924),
Piquenas Esculturas (1925), Olimpíadas (1927), Dandismo
(1928), Ciúme (1934), Baionetas da Morte (1936), A Vida que te
Dei (1938), O Livro do Povo (1944), Ódio e Amor (1947),
Fátima – Poema do Mundo (1955), Ainda não se Escreveu (1959).
in Projecto Cervial
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