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sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Rocha - Luís Massapina





Luis Massapina

Rocha
Água em rocha,
Chama em gelo.
Apagou a tocha,...
Calor nem vê-lo.


Um peito
Desfeito
Não bate,
Só late.
Como um cão
E o mundo...
Vive no fundo,
Na recordação.



Cansado
Não dorme,
Esfaimado
E não come.
Mente no lume:
O monte escalado
Sem ver o cume...
Desanimado.



Gelo que não derrete
Tocha já não acende.
O calor não faz o frete,
Uma rocha peito prende.



23-01-2015

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

IMPOSSÍVEL - Gilberto Wallace Battilana



Gilberto Wallace Battilana

IMPOSSÍVEL

Há mulheres tão semelhantes
que esta poderia ser aquela...
e eu a amaria de forma igual.
Há mulheres tão diferenciadas
que uma jamais poderia ser outra,
e eu amaria ambas.
A nenhuma mulher é possível deixar de amar,
que o amor é para ser somado, compartilhado.
Nada mais doce e apaixonado
que o amor de uma mulher,
e, quando se entrega,
como não pensar no Paraíso?
E se nos brinda com o seu sorriso
é tal iluminasse a nossa vida,
mesmo na noite mais escura.
E nessa incessante procura
é sempre o mundo, a vida, o amor,
que descubro nelas, com elas.
Mulheres, imprevisíveis no seu fulgor
que nos atrai para a luz que delas emana
para o calor do sentimento que denominamos amor
por ser pelas palavras intraduzível
neste real em que se insere o meu pensamento precário.
Ah, mulheres, sofrer por elas, se necessário,
mas deixar de amá-las, impossível.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Vivo numa ilha de convicção - Ganso Selvagem (Rui Moreira)




Rui Moreira

Vivo numa ilha de convicção


A noite questiona as ditas convicções
As sombras mascaram e confundem antigas lições
O que era inquestionável soa como duvidoso...
A escuridão torna tudo meio misterioso.
As verdades absolutas apresentam-se incertas
As portas aparentemente fechadas mostram-se abertas
Algumas saídas desaparecem inexplicavelmente
As ideias perdem-se no imenso labirinto da mente.
O ar parece mais rarefeito com algo de contaminado
A visão distorcida e tudo em volta enevoado
Eu caminho sozinho esbarrando em corpos estranhamente iguais
Acéfalos seguindo bandeiras de guerra e paz, tanto faz.
Já não sei para onde vou nem porque devo ir
Não sei distinguir se devo ficar ou partir
Os meus pilares ruíram no fugaz castelo de areia
Sinto-me imobilizado como um insecto numa teia.
Estou tão distante da minha essência quanto de Marte
Vislumbro rascunhos onde pensava haver pura arte
Rasgo os meus discursos vazios cheio de questionamentos
Não consigo colocar em ordem os meus pensamentos.
O meu mundo parece girar noutra velocidade
Os meus pés não sentem mais a mesma gravidade
Vagueio a esmo entre a fronteira da ilusão e da realidade
Na silenciosa cela da ilusão é que encontro a liberdade.
Ouço-me sofista, tudo que sei é que nada sei
Rejeito dogmas, fé, normas ou qualquer lei
Ao meu redor há uma mudança sem regras e constante
Nada permanece igual após um átomo de instante.
Ante toda esta louca inconstância a transição
Só segue incólume e intocado o meu escondido coração
No meio de um oceano de incerteza, uma ilha de convicção
Eu amo-te, quero-te e te tudo além e aquém de qualquer razão.

Ganso Selvagem (Rui Moreira)

POEMA A LIMA COELHO - Freddy Diblu


Freddy Diblu

POEMA A LIMA COELHO

Por sua extrema significância à literatura brasileira)

Trooom! Trommm! Trom!
Descortine-se todo encantamento...
E em denso, forte e replicado som
Reluzem metais ao toque dos tambores!
E rasguem raios no azul do firmamento
Pulsem liras dionisíacas, ecoem agudos ais!
E por entre farfalhantes arvoredo e flores
Despertem duendes em flautas do alento!
E urrem as feras e ruflem as aves mais
À temporada de sobressaltos e louvores!

Assentem-se! camaradas ledores...
Sou eu, flutuante, da Elegia dos vates
Artista do Parnaso... ao lirismo de saraus.
Sou eu, o espectro poético dos orates
À veia do imprevisível Tom de Bedlam
Suplicando pão aos bons, compaixão aos maus.

Sou eu, autor-ator do drama; aedo entre helenos
Do verbo de Téspis, das praças, teatros e mares
Conclamando o povo à luta dos direitos plenos.
Sou eu, o arauto do Cristo, Cristo poeta da Utopia!
O brado dos excluídos, a gana de Zumbi dos Palmares.
Sou eu, punho do “ócio criativo”, rouxinol da poesia.

Saltem-se! amigas e irmãs internautas...
Sou eu, o jogral de madrigais, ao estro romanesco
Um rei Roberto poetando emoções em pautas.
Sou eu, sedução em versos, o mago donjuanesco
Em febre da verve, à balada das paixões incautas.
Sou eu, – ó Musa! – menestrel do Êxtase da Vida, dantesco.

Sou um tal, de lavra da Poética, Obra do Divino Imortal.

FredDiblu

MEU SONO - Lúcia Polonio


Lúcia Polonio

MEU SONO



Então, volto ao meu sono
De onde jamais deveria ter acordado
As luzes do mundo me cegam...
Me tiram os sentidos da vida

Então, volto ao meu sono
Dormindo, talvez eu sonhe
Sonhando, talvez eu viva
Porque, quando acordada, morro


Então, volto ao meu sono
Pois sonhar é dormir um instante
E dormindo, as dores se findam
Acordada, é apenas sofrer


Lúcia Polonio

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

TUDO.........mas nada ! - Carlos Lacerda


Carlos Lacerda
 
TUDO.........mas nada !
Sou um perdido na floresta da vida
por não ter nascido no mundo que trago em mim.

E olho a vida como um cativeiro sem grades
porque as grades és tu, sou eu, somos nós.
E não acredito no céu, na terra, na imortalidade
mas no silêncio e na musica que não é o fim do que sou.
E trago em mim a loucura que ouço na escuridão
e nas palavras da mulher amada quando comigo deitada.
E neste cativeiro de caminhos perdidos e vestido de negro
estremeço de medo esquecido do ruído d'um mundo sonhado.
Sou, sou esse sonho sonhado e não abençoado
nesta floresta sem luz e de sol fechado.
E vou perdoar-me por ter ficado sozinho aqui
e ter escolhido a vida que dizem.... escolhi,
E dizer ao destino que lhe "agradeço" ter sido carne rasgada
mente bloqueada, voz embargada
e nesta floresta de morte ter tido uma vida sofrida e chorada.
autor.:- carlos lacerda
reservado direitos de autor
15. janeiro. 2015

O DESPERTAR - José Manuel Cabrita Neves


José Manuel Cabrita Neves
 
O DESPERTAR

Cada vez que o sol nasce e me desperta,
Dos sonhos em que a noite me envolveu!
Acordo desse transe de morfeu ,...
E enfrento mais um dia à descoberta…


Em busca de um futuro que é só meu!
Nem mais, nem menos, na medida certa,
Procuro desbravar, de mente aberta.
Iluminando a escuridão de breu…

Tudo é surpresa, tudo é novidade,
 No tempo que decorre em velocidade,
Sem tempo pra escolher melhor destino…

No cansaço do corpo, a noite chega!
Voltam os sonhos que a ilusão carrega
E se desfazem sob o sol a pino!...

José Manuel Cabrita Neves

VERSO - Solange


Solange Moreira de Souza
 
VERSO

Faço de ti amigo um confidente.
Tão assim, a alma não fica doente.
Os versos uma amizade sem fim....
Voam livres neste universo enfim.
A felicidade sabe às vezes se esconde,
A tristeza vem forte, não se sabe de onde.
Pergunto a ti, agora me diz meu parceiro,
Ela há de voltar, não é companheiro?
Sim acredito em ti sei que não mentes
Vou ouvir o silêncio da minha mente.
É verdade também acalmar o coração,
Sim também vou acender a chama da emoção.
Claro, tu estás certo chamar a esperança,
Ela renova a vida e com ela tudo se alcança.

Solange Moreira
14.01.15

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

À FLOR DA PELE - Luciano Tomás


Luciano Tomás
 
À FLOR DA PELE
Como as emoções esvoaçam
E se ligam a figuras
Correm o ciclo O hemiciclo lunar
Dão voltas Dão comigo às voltas
Escarafuncham as memórias
Que saltam como mola
Por entre lágrimas De satisfação
Ou causam dor De abrupta violência
Essas emoções Que não se conseguem congelar
Guardar pra outros momentos Mais próprios
Que as possamos receber
Ou enfiar na gaveta E esquecer
Por enquanto
Não
Elas ficam mais Massacram
Lançam ácido na minha caixa
De memórias
E vão-se Consomem-se
Emoções são um avião
Rapidamente Com impacto
Faz-se à pista
Resguarda-se no hangar do meu cérebro
Por ali permanece
Reabastece-se Levanta voo
E vai Célere Desaparece no horizonte
Rumo ao infinito
O rasto só a borracha queimada Na pista
A marca Essa ficou Na memória
Que deixou Por apagar alguém o há de ou não
Eu fiquei com a imagem que se esfuma
No fogo dos dias que sucedem
E consomem os neurónios.
Correm nuas Pelos labirintos
Deste quintal
Agitando as asas
Que já não são suas
Roubadas durante a noite
Levantam voo picado
O pescoço Inclinado à ré
Procurando o zénite
Perdido do alcance da vista
Ah se as emoções fazem chorar
Deixam no ar um perfume
De violeta ou rosa
Jasmim
E quando o cinzento do céu Nos invade
E os olhos se fecham Percorrendo o infinito
Giram em torno do jarrão
Aperaltado Com as pétalas secas do cardo
Que por aí colhi Não pelo odor
Antes pelo rigor da forma
E temperamento.
Ali estão Quietas
Tristes À minha frente
Se lhes toco Picam
E partem-se Desfazem-se
No chão Já nada significam
Ensombradas Pardacentas
Escondidas na penumbra da noite
Até que uma vassourada As remova
E na memória permanecem
Oh as emoções
Já são amarelas Icterícias
Cadavéricas
Já não me surpreendem
O coração está mais duro Mirrado
Não bate tantas vezes
E a alma? Será que ainda anima?
Será que a tenho?
Não sei Não a vejo Não a sinto
Nebuloso ou transcendente?
Abstrato?
Mas sinto vida E entendo-me criatura
Não sopra como a brisa de norte
Que talvez me traga outra emoção
Arrepia-me Cutânea
Do momento
Deixo o coração Deixo a alma
Largo tudo Procuro razão
E parto em busca do “eu”
Disfarçado de “imperturbável”
E “valentão das dúzias”
Não… Não quero dizer
Que estou emocionado
Por não saber quem sou
Nem ao que vou
Não me atrevo a pronunciar
Que outra me invadiu
Isso agora Já é coisa de fracos
Homem que o é Não mostra
Esse lado piegas
Faz-se forte Aguenta Estoico
E se não conseguir Se fraquejar
Quando a dor é maior que o furor
Esconde-se E berra Grita
Chora
Sem que ninguém note
E bem longe do mundo
De circunstância
Assalta-me a melancolia
Sentado no morro Junto à praia
A olhar o mar
O céu charmoso Salpicado
De leves flocos de algodão
As gaivotas que sobrevoam
E nada me dizem Passam indiferentes
Não me ligam E continuam.
Ao final da tarde
Vejo lá longe Bem longe
Passar uma cidade flutuante
Dizem Um paquete
Vi-o n cais A despejar gente
Como formigas famintas
Apressadas
Agora ruma ao oceano
Com sete mil olhos Que comeram todas as ruas
Tasquinhas da baixa E do bairro
Da Sé d’Alfama e Mouraria
Esses sete mil Que me observam
Eles correm mundo
Vieram saber Lisboa
E já se vão
À tona Deslizam Ébrias
Injetadas pela brisa do Tejo
Dizem que o oceano
Não se mede em quilómetros
Será que tem fim?
Oh emoção!
Os minutos não contam
As pedras não mexem
O céu escurece E assalta-me
Um remoinho de ansia
Um reflexo de despertar
Uma flecha de Cupido
Reboliço De paixão
Olho esbugalhado Holofote
Reconhecido Sempre disfarcei
Publicamente Não assumi
Desde o primeiro projeto De vida
Puto inconformado Já não consigo reprimir
Permaneço apaixonado.
Rebusco E encontro motivação
Sentir Respirar Observar
Luz do sol Água Mar Céu azul
Ar Horizonte Infinito
Rios de pensamentos corridos
Interligados Entrelaçados
"Kamasutram" No gozo dos sentidos
Preceito moral Ritual Desejo
Amo a Vida
Amo as pessoas Que se permitem amar.

LUMAVITO, 12/01/2015

MORCEGO - João Esteves


João Esteves
MORCEGO

Morcego, sé, guia, tia bem sua
Porta-elefante deste lá adubar.
Sofrido norte: há sul! Vácuo só! Tem ...
Que sustentar, xi!, sem
Nem mais como isto dar

A lei já disse, não. É, nada, anão!
Fazendas, tri, paz, com décor, ação.
Ache uva, Caio, o escuro é seu, só vendo,
É gente e silfo. Dentro
Soprava ar e ar
Me dê licença, eu quero pala lá
Não sei se pó, se pé, se desce e dá.
Dia de folga, todo paz a nado
Eu fico dez casado
E sou é de ficar
Vi vinha, baga, acará que em mar há
Fá e si só não, não me diz: “perde, sai!”
Marquei Maria, Bia por um triz,
Posso até estar feliz
Mas só se o “sim” for cá
João Esteves
in Poesia Amadora e Prosa

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

É HOJE. - José Augusto Silvério


José Augusto Silverio
 
É HOJE.
Perdi a hora, o relógio não despertou.
Abri a janela e o ônibus passou.
Olhei no quintal e vi que o galo escapou....
Fui ao banheiro e a água acabou.

A coluna doía da noite mal dormida.
Na cozinha os pratos sujos de comida.
As roupas espalhadas pelo quarto.
Juro-te quase tive o danado do enfarto.
O sapato descolou a sola.
A meia ainda fedia chulé.
No fogão o gás acabou.
Nem deu pra fazer o café.
O carro parado na rua de cima,
Quase encoberto pela enxurrada.
Na noite anterior acabou a gasolina.
Olhei na carteira, dinheiro, nada.
O cobrador batendo na porta.
Felizmente ela não abre, ficou torta.
A galinha que seria o meu almoço,
Fugiu com medo de ser morta.
Passei o pente no cabelo.
Caiu quase a metade.
O rio danado transbordou.
Encheu a minha cidade.
Nada disto me aborrece,
Ou ao menos me tira do sério.
Pois trago no peito guardado,
Um gostoso mistério.
Mistério que me deixa assim feliz.
Pois vai acabar o meu aborrecimento.
Creiam este dia todo assim atípico...
É o dia...Do meu casamento.
OBS: QUER CASAR COMIGO?
Autor: José Augusto Silvério. ZITO.


www.webradiomusicalivre.com.br

PROGRAMA ZITO SILVERIO, o programa de todas a suas manhãs, trazido com muito carinho, fé e amor, momentos de muita musicas, poesias e causos junto com ZITO E ZECA

Amor - Maria Irene Frieza








Maria Irene Frieza
 
Amor,
Se doí sem doer
Se pensas sem querer
É amor...podes crer!
Se sorris a sonhar...
Se a lua te parece tua...
Se as estrelas te sorriem
Reproduzindo a imagem sua
É amor...podes crer!
Se acordas cantarolando
Esquecida do que já foi pranto...
Despede-te da tristeza
Veste-te de grandeza...
Por um momento, abre o coração!
Abraça a vida e a felicidade...
Pois se doí sem doer!
É amor podes crer.


Maria Irene Frieza
11/01/2015

Formosa Criatura - Daniel Lopes de Oliveira


Daniel Lopes de Oliveira




FORMOSA CRIATURA



Oh! Formosa criatura...
Que desliza pela areia pura
Fazendo inveja ao mar.
Quero olhar, mas não me atrevo,
Por respeito, ou quase medo,
De que possas não gostar,
De sentir o meu olhar
Perscrutando o seu corpo,
Com pensamentos sequiosos
Que traz o rubor só de pensar.
Esse teu corpo maravilhoso
Levado pelo seu andar gostoso,
Seguindo o balanço do mar,
Desperta um desejo perigoso
A qualquer pobre mortal,
Que vendo tamanha beleza,
Fica sem ter a certeza,
Se com tanta realeza
Você é miragem ou real!

Ilha Solteira/SP
11/01/2015 – 22:14h