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Desde 17 de Agosto 2012

sábado, 29 de setembro de 2012

ESTA GENTE - ANDRESEN Sophia de Mello Breyner


Esta gente cujo rosto
Às vezes luminoso
E outras vezes tosco

Ora me lembra escravos
Ora me lembra reis

Faz renascer meu gosto
De luta e de combate
Contra o abutre e a cobra
O porco e o milhafre

Pois a gente que tem
O rosto desenhado
Por paciência e fome
É a gente em quem
Um país ocupado
Escreve o seu nome


in AO PORTO Colectânea de Poesia sobre o Porto (2001)
de Adosinda Providencia Torgal e Madalena Torgal Ferreira






Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu na cidade do Porto a 6 de Novembro de 1919 e faleceu em Lisboa no dia 2 de Julho de 2004.
É no Porto mais precisamente na Praia da Granja que passou a sua infância e juventude.
Frequentou Filologia Clássica na Universidade de Lisboa, não chegando a terminar o curso.
Foi mulher do jornalista Francisco Sousa Tavares de quem teve cinco filhos, talvez por isso a razão de escrever contos infantis.
Motivos concretos e símbolos excepcionais para cantar o amor e o trágico da vida foi-os buscar ao mar e aos pinhais que contemplava na Praia da Granja; com a sua formação helenística, encontrou evocações do passado para sugerir transformações do futuro; pela sua constante atenção aos problemas do homem e do mundo, criou uma literatura de empenhamento social e político, de compromisso com o seu tempo e de denúncia da injustiça e da opressão.
De entre vários prémios obtidos salientamos o Prémio Camões com que foi agraciada em 1999.

Obras poéticas:
Poesia (1944), Dia do Mar (1947), Coral, (1950), No Tempo Dividido, (1954), Mar Novo (1958), Livro Sexto (1962) Geografia (1967), Dual (1972), Nome das Coisas (1977), Musa (1994), etc. Obras narrativas: O Cavaleiro da Dinamarca, Contos Exemplares, Histórias da Terra e do Mar, A Floresta, A Menina do Mar, O Rapaz de Bronze, A Fada Oriana, etc.

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CRIANÇAS DE S.VÍTOR - ANDRADE Eugénio de


As crianças são
o verde dos frutos,
as abelhas todas
do rumor dos pulsos.
Os anjos procuram
impedir que cresçam,
quebram-lhes a raiz
tímida do desejo.
Trago-as comigo,
deito-as no poema,
o que em mim é riso
põe-se à janela.



in AO PORTO Colectânea de Poesia sobre o Porto (2001)
de Adosinda Providencia Torgal e Madalena Torgal Ferreira



 
 
Eugénio de Andrade, pseudónimo literário de José Fontinhas, nasceu no dia 19/01/1923 em Póvoa de Atalaia, concelho do Fundão, e faleceu no Porto no dia 13/06/2005.
Viveu em Lisboa, tendo frequentado a Escola Técnica Machado de Castro. Terminados os estudos liceais e após cumprir o serviço militar, entrou para o funcionalismo público como inspector dos Serviços Médico-Sociais (1947-1983).
Em 1950, é transferido para o Porto, onde fixa residência.
A  poesia vem de muito cedo, tendo alcançando grande notoriedade com livros como As Mãos e os Frutos (1948) e Os Amantes sem Dinheiro (1950).
Como tradutor, foram vários os poetas estrangeiros, de quem traduziu as suas obras, entre eles destacam-se Federico García Lorca e Safo, organizou várias antologias, sendo a mais conhecida a que dedicou ao Porto com o título Daqui Houve Nome Portugal (1968).
Em 1982, o Presidente da República conferiu-lhe o grau de Grande Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.
Em 1989, ganhou o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores pelo livro O Outro Nome da Terra. Nesse mesmo ano, recebeu o prémio Jean Malrieu para o melhor livro de poesia estrangeira publicado em França com a obra Blanc sur Blanc.
Em 1990, é criada no Porto a Fundação Eugénio de Andrade.
Obras:
As Mãos e os Frutos (1948), Os Amantes sem Dinheiro (1950), As Palavras Interditas (1951), Até Amanhã (1956), Coração do Dia (1958), Mar de Setembro (1961), Ostinato Rigore (1964), Antologia Breve (1972), Véspera de Água (1973), Limiar dos Pássaros (1976), Memória de Outro Rio (1978), Rosto Precário (1979), Matéria Solar (1980), Branco no Branco (1984), Aquela Nuvem e Outras (1986), Vertentes do Olhar (1987), O Outro Nome da Terra (1988), Poesia e Prosa (1940-1989) (obra completa, 1990), Rente ao Dizer (1992), À Sombra da Memória (1993), Ofício de Paciência (1994), Trocar de Rosa / Poemas e Fragmentos de Safo (1995), O Sal da Língua (1995).

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DIA DE SOL - SENA Jorge de


Sob a teia de sombra dos galhos outonais,
passaram crianças
guiando na aragem
a outra já morta.

Não era a mãe nenhuma das mulheres.
Falavam tranquilas;
quase não vivera,
tão pequeno aínda.

E, rio acima, íam subindo barcos,
hora a hora menores,
na distância tão grande,
que alisava as águas.

(Segundo Mécia de Sena, o poema Dia de Sol decorre nas Fontaínhas)


in AO PORTO Colectânea de Poesia sobre o Porto (2001)
de Adosinda Providencia Torgal e Madalena Torgal Ferreira





Jorge de Sena (1919-1978) nasceu em Lisboa e faleceu em Santa Barbara, Califórnia, Estados Unidos da América.
Frequentou o curso de Engenharia Civil na Faculdade de Engenharia do Porto, tendo trabalhado entre 1948 e 1959 como engenheiro na Junta Autónoma das Estradas. 
Em 1959 parte para o Brasil, fazendo o doutoramento em 1964 na área de literatura portuguesa.
Em 1965 parte para os Estados Unidos, lecionando primeiro em Wisconsin e, a partir de 1970, na Universidade da Califórnia em Santa Barbara.
Em 1977 recebeu o Prémio Internacional de Poesia Etna-Taormina.
A nível literário, Jorge de Sena, esteve ligado aos Cadernos de Poesia com José Blanc de Portugal, Rui Cinatti, entre outros.
A par da sua escrita poética e ficcional, há a salientar os estudos teóricos sobre literatura portuguesa e inglesa, em especial aqueles que se referem a Camões e a Fernando Pessoa.
Obras poéticas:
Poesia – I (1977), Poesia – II (1978), Poesia – III (1978).
 
Ficção: O Físico Prodigioso (novela, 1977), Andanças do Demónio (contos, 1960), Novas Andanças do Demónio (1966), Antigas e Novas Andanças do Demónio (contos, 1978), Os Grão-Capitães (contos, 1976), Génesis (contos, 1983), Sinais de Fogo (romance, 1979).

Teatro: O Indesejado (António Rei) (1951), Amparo de Mãe e mais cinco peças em um acto (1974).
 
Ensaio: Da Poesia Portuguesa (1959), História da Literatura Inglesa (1959-1960), A Estrutura de Os «Lusíadas» e Outros Estudos Camoneanos e de Poesia Peninsular do Século XVI (1970), Os Sonetos de Camões e o Soneto Quinhentista Peninsular (1969), Fernando Pessoa & Cª Heteronímica (1982), etc.




 


 

2 comentários:


  1. Meus parabens a todos, lindos poemas, parabens para O Voar na Poesia. bjjs. Sandra Sila.

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  2. Sophia e Eugénio, poetas que admiro sobremaneira. Eu me identifico demais com a poesia portuguesa. Eugénio é um de meus favoritos.
    Muito boa escolha.
    Abçs,

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