Aquela estrelinha,
Lá ao longe... no céu...
Aquela estrelinha que me vai guiando
Pelo mundo,
Que é a minha companheira,
Nos sítios ermos,
Na sombra, na escuridão e no silêncio...
Sempre a vejo lá, de qualquer maneira!
Pela noite calada
Corro a embarcar,
A procurar
Essa amiguinha
Que brilha lá no eterno
Que me alumia e me dá luz!
No mar,
Por entre as vagas,
Onde tudo é nada,
Onde tudo se desfaz,
Vejo-a
E ela também me vê...
E assim unido
Àquele ente querido
Vejo bem o lema
Do meu poema;;
Mas o meu poema
É uma vaga de esperança
Que corre
De terra em terra, de mar em mar
E se vai fundir no Nada...
E o meu companheiro
Esse aventureiro
Que é o meu poema,
Vive só... e triste.
Porto - 1943
A. CAMPO GRANDE in RUMO INCERTO (1948)
www.bibliothequeduvalais.blogspot.com tem um exemplar disponivel de RUMO INCERTO (1948) (15 €). Para o adquirir ou saber mais sobre a obra, mencione essa ntenção em comentários.
Sem comentários:
Enviar um comentário