Céu Pina
Sou árvore
Sou semente desabrochada,
Paisagem de vida.
Folhas de margens macias.
Floresta, poesia em livro,
Pingos, letras de oiro recortadas,
Galhos sofridos, tombados,
Numerosos temporais.
Escondi-me, cegueira de luar.
Dei sombras, embalei.
Fui cama, raízes fundas,
Terra negra, ventre mãe.
Ninhos, toques musicais.
Desejada, amante, corpo quente,
Sol queimando minha sede,
Lágrimas, mar salgado
Ressequindo meu cepo.
Contornada, silhueta de mulher
Anca, seios em folhagem
Íntimo, segredos de lapa, desenterrar.
Caules de força, vida,
Vento dança, não derruba.
Descendi de árvore…
Num deserto extenso
Sou fruto suspenso,
Despida, num abandono
Que ninguém colheu.
Meu espírito, flor encantada,
Contemplando fixo… um Céu profundo.
Sou árvore
Sou semente desabrochada,
Paisagem de vida.
Folhas de margens macias.
Floresta, poesia em livro,
Pingos, letras de oiro recortadas,
Galhos sofridos, tombados,
Numerosos temporais.
Escondi-me, cegueira de luar.
Dei sombras, embalei.
Fui cama, raízes fundas,
Terra negra, ventre mãe.
Ninhos, toques musicais.
Desejada, amante, corpo quente,
Sol queimando minha sede,
Lágrimas, mar salgado
Ressequindo meu cepo.
Contornada, silhueta de mulher
Anca, seios em folhagem
Íntimo, segredos de lapa, desenterrar.
Caules de força, vida,
Vento dança, não derruba.
Descendi de árvore…
Num deserto extenso
Sou fruto suspenso,
Despida, num abandono
Que ninguém colheu.
Meu espírito, flor encantada,
Contemplando fixo… um Céu profundo.
19/12/2012 Céu Pina
19/12/2012 Céu Pina
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