Barão DaMata
VIZIM DE ZÉ CARDOSO
Vem cá, vizim, desce uma pinga, que eu te conto:
Ninguém no mundo é mais feliz que Zé Cardoso.
É que, cedim, toda manhã, beija a menina
De cabelim assim curtim, sorriso franco,
Bonita assim que nem os campo bem verdim.
Aquele beijo mais parece que alimenta Zé Cardoso,
Que prá labuta sai feliz de inté sartá.
Entra a menina a sorrir por casa a dentro,
E eu fico oiando as coxa grossa, bem clarim,
E sonho vendo o vestidim a balançar.
O dia inteiro aquela potra lava, passa,
Varre, cozinha e canta assim qual passarim.
É tão bonita com zoim assim pretim,
Tão infantis e serenim, cheim de paz.
De tarde chega Zé Cardoso todo prosa,
E ela se agarra, alegre, moça, ao seu pescoço.
Depois, vizim, é um converseriro sem tamanho.
Um tal de "amor", "benzim" pra lá, "benzim" pra cá,
E a casa, assim, meu bom vizim, parece em festa.
Eu imagino, meu amigo, que à noitinha
O meu vizim é mais feliz que um fazendeiro,
Porque a deusinha, se entregando entre sussurros,
É bem capaz de qualquer cristo endoidecer.
E eu te confesso, sou tão só, que sinto inveja
E uma tristeza grande assim de contorcer.
Barão da Mata
VIZIM DE ZÉ CARDOSO
Vem cá, vizim, desce uma pinga, que eu te conto:
Ninguém no mundo é mais feliz que Zé Cardoso.
É que, cedim, toda manhã, beija a menina
De cabelim assim curtim, sorriso franco,
Bonita assim que nem os campo bem verdim.
Aquele beijo mais parece que alimenta Zé Cardoso,
Que prá labuta sai feliz de inté sartá.
Entra a menina a sorrir por casa a dentro,
E eu fico oiando as coxa grossa, bem clarim,
E sonho vendo o vestidim a balançar.
O dia inteiro aquela potra lava, passa,
Varre, cozinha e canta assim qual passarim.
É tão bonita com zoim assim pretim,
Tão infantis e serenim, cheim de paz.
De tarde chega Zé Cardoso todo prosa,
E ela se agarra, alegre, moça, ao seu pescoço.
Depois, vizim, é um converseriro sem tamanho.
Um tal de "amor", "benzim" pra lá, "benzim" pra cá,
E a casa, assim, meu bom vizim, parece em festa.
Eu imagino, meu amigo, que à noitinha
O meu vizim é mais feliz que um fazendeiro,
Porque a deusinha, se entregando entre sussurros,
É bem capaz de qualquer cristo endoidecer.
E eu te confesso, sou tão só, que sinto inveja
E uma tristeza grande assim de contorcer.
Barão da Mata
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