Falador, no entanto
amo o silêncio.
O silêncio da espera
incerta, do tempo parado
dependurado na agonia.
O silêncio que sucede
as perguntas sem respostas
ou anuncia acordos escusos.
O silêncio que precede
o primeiro acorde da canção
ou nos adormece
no relaxamento de depois.
O silêncio dos mortos
e sua mudez pálida
estancando o tempo.
O silêncio que antecede
a leitura das cartas
e habita os quartos dos bebês.
O silêncio que sonoriza os beijos
ou guia a lágrima furtiva
que ornamenta as decepções.
O silêncio da criação
de um verso sem sentido
e sem propósito, apenas motivo
de surpreender o silêncio.
incerta, do tempo parado
dependurado na agonia.
O silêncio que sucede
as perguntas sem respostas
ou anuncia acordos escusos.
O silêncio que precede
o primeiro acorde da canção
ou nos adormece
no relaxamento de depois.
O silêncio dos mortos
e sua mudez pálida
estancando o tempo.
O silêncio que antecede
a leitura das cartas
e habita os quartos dos bebês.
O silêncio que sonoriza os beijos
ou guia a lágrima furtiva
que ornamenta as decepções.
O silêncio da criação
de um verso sem sentido
e sem propósito, apenas motivo
de surpreender o silêncio.
Por isso os melhores versos
jamais serão escritos.
Eles habitam o silêncio.
jamais serão escritos.
Eles habitam o silêncio.
Sem comentários:
Enviar um comentário