MENDIGO

Tu, que caminhas só
Diz-me, aonde vais?!
Talvez eu te possa ajudar

A encontrar o teu caminho
Neste Mundo estonteante e louco…
Sinto que o teu Coração está dilacerado e fraco
Em busca de algo?
Em busca de alguém?
Sabe-se lá de quê…
Agora estás parado, meditando…
Com o olhar vago,
Perdido,
Silencioso,
Sem certezas,
Confuso no meio da gente que por ti passa
Indiferente!
Arrogante!
Soberba!
Não sei o teu nome
Não sei quem és…
Serás médico?
Um poeta?
Executivo?
Um…
Que interessa?!
És um mendigo como eu
A quem a Vida dilacerou.
Companheiro de viagem nesta estrada da Vida
Que nada a Vida nos dá.
Ao teu encontro vou
E declamamos com o olhar
Os Poemas em nós contidos.
Rugas marcam o teu rosto
Cópias perfeitas das minhas.
Faço-te um convite:
“Tenho umas moedas no bolso,
E se fossemos beber um café?!”

Isabel Lucas Simões
6-12-2012