Velhas teclas de um velho piano,
Sobra-me apenas os dois dois de copas.
Olhares em descaso nos degraus de escadas
escondem-se desejos cobertos de pano.
Vibrante vermelho de um doce batom,
entrebrilhando como vagalume ao neon.
O salão era o sentido de gentes sem mundo
onde n'algum dinheiro ganha-se a vida,
afogando-se em uísque, encontro-a perdida,
era ela, a mulher que me encontrava amando.
Agora me restara apenas um plano,
ziguezagueando sôfregas entre as mesas.
Damas, camélias, cálidas princesas,
mas só enxergava a ti naquele aceno.
Neblinas de cigarros marcavam o tom,
sonhavas distante debaixo do edredon...
Volúpias, paixão, razão padecendo,
Assim tu me vinhas sempre atrevida.
Insolente veneno, me eras intrépida,
escravo assim fui de ti me tornando.
Em desvarios, me encontro insano
em mágoas, companhia das marias bêbadas.
Toda fortaleza se rende às fraquezas
da tua pele macia, exalas veneno.
Felina pantera do Armagedom,
de todo o belo, de tudo que é bom,
naquele salão nos amamos dançando.
Hoje sofro por minha memória estúpida,
glórias de dias de felicidade cálida,
beijos molhados em moet chandon.
[Mauro Brandão - 06/12/2012]
escondem-se desejos cobertos de pano.
Vibrante vermelho de um doce batom,
entrebrilhando como vagalume ao neon.
O salão era o sentido de gentes sem mundo
onde n'algum dinheiro ganha-se a vida,
afogando-se em uísque, encontro-a perdida,
era ela, a mulher que me encontrava amando.
Agora me restara apenas um plano,
ziguezagueando sôfregas entre as mesas.
Damas, camélias, cálidas princesas,
mas só enxergava a ti naquele aceno.
Neblinas de cigarros marcavam o tom,
sonhavas distante debaixo do edredon...
Volúpias, paixão, razão padecendo,
Assim tu me vinhas sempre atrevida.
Insolente veneno, me eras intrépida,
escravo assim fui de ti me tornando.
Em desvarios, me encontro insano
em mágoas, companhia das marias bêbadas.
Toda fortaleza se rende às fraquezas
da tua pele macia, exalas veneno.
Felina pantera do Armagedom,
de todo o belo, de tudo que é bom,
naquele salão nos amamos dançando.
Hoje sofro por minha memória estúpida,
glórias de dias de felicidade cálida,
beijos molhados em moet chandon.
[Mauro Brandão - 06/12/2012]
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