Teresinha Oliveira
Na voz tenta destino
Romã rosada, madura de caroços cheia.
Nas fímbrias da alma deseja
Além de tudo mais e apenas
Cantar.
Quando ninguém há em volta
Sossego de gente ausente, travada chave
Barulho de louça intacta e suja
Rebentam os ponteios de renda e ela canta.
Pássara
Canta pelo inato prazer de cantar.
Como se as notas fossem par, coquetes dançarinas
Que à revelia de sua vontade conduzem
No passo agudo ângulo e rastejante grave , para o esconderijo
Lugar seu, só de música habitado.
Ela, intui na cantiga a solução de si mesma
E vasculha no verso, no tom, o vibrato perfeito
Que rasgue as mordaças que a vida impõe
Angustiada garganta muda.
Teimosa contralto vasculha na noite
O palco, Terra Prometida
Onde o néctar seja abundante em gotas de som
E canções de amor.
Tela de Hans Simon Holtzbecher - (1861/1935).
Teresinha Oliveira.
Na voz tenta destino
Romã rosada, madura de caroços cheia.
Nas fímbrias da alma deseja
Além de tudo mais e apenas
Cantar.
Quando ninguém há em volta
Sossego de gente ausente, travada chave
Barulho de louça intacta e suja
Rebentam os ponteios de renda e ela canta.
Pássara
Canta pelo inato prazer de cantar.
Como se as notas fossem par, coquetes dançarinas
Que à revelia de sua vontade conduzem
No passo agudo ângulo e rastejante grave , para o esconderijo
Lugar seu, só de música habitado.
Ela, intui na cantiga a solução de si mesma
E vasculha no verso, no tom, o vibrato perfeito
Que rasgue as mordaças que a vida impõe
Angustiada garganta muda.
Teimosa contralto vasculha na noite
O palco, Terra Prometida
Onde o néctar seja abundante em gotas de som
E canções de amor.
Tela de Hans Simon Holtzbecher - (1861/1935).
Teresinha Oliveira.
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