Sérgio Lizardo
(sem nome)
Estaria eu de pernas para o ar
– decerto a pisar o azul do céu, feito meu chão,
e de cabeça a deslizar na calçada
onde passa o vento, que jamais soprou tão baixo,
... se assim não fosse…
Mas dizes tu “não sou nada”, quando te digo que és linda;
e, se te pergunto se acaso te tens visto ao espelho,
tu dizes que sim!
Concluo pois que o teu mundo está ao contrário!
Faz então por te encaixares atrás desse espelho,
entre ele e a parede;
é que, vai-se a ver,
e é de lá que tu te vês mesmo,
assim:
como te vêm os meus olhos
(nada avessados…).
És.
Sérgio Lizardo
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