AUTORES NA "ANTOLOGIA VOAR NA POESIA"
Francisco Costa
GAME NÃO, POR FAVOR
Sim, ir à praia, se permitir sôfrego ao mar e ao sol,
Observar aves marinhas em arribação, namorar.
Ou deitar na rede, livro na mão, cabeça lá longe,
Vagando, vagando... No espaço do imaginário ali,
Real e tangível como um acorde de violino,
A luz matinal, um beijo dado em surdina, escondido.
Ir ao campo, deixar-se ao vento e às folhas, às flores
Sujando tudo de cores e formas, permitindo-se, vãs,
Aos insetos, às aves, à magia da vida transitando,
Distraída, pelas escarpas do que se faz inapreensível
Por indefinível em si, exigindo presenças e poemas.
E namorar. Se presa da preguiça, do sono, do cansaço
Permanecer, deixar-se estar abandonado na mente
Voando como gaivotas vagabundas navegando o ar,
E ir aos poemas, às pinturas, a qualquer coisa estranha
Que se faça íntima, parte de nós, a parte que ficará.
Por isso não entendo essa gente que se gasta na sorte,
Como se contassem tempo para encontrar a morte.
Sou dos que se escondem do tempo, e exijo respeito.
Não insista, não me convide, não teime: eu odeio game!
Se é para rimar com jogar: é melhor praiar, campear,
Versejar, vagabundear... Qualquer coisa, e namorar.
Francisco Costa
Rio, 30/01/2013.
GAME NÃO, POR FAVOR
Sim, ir à praia, se permitir sôfrego ao mar e ao sol,
Observar aves marinhas em arribação, namorar.
Ou deitar na rede, livro na mão, cabeça lá longe,
Vagando, vagando... No espaço do imaginário ali,
Real e tangível como um acorde de violino,
A luz matinal, um beijo dado em surdina, escondido.
Ir ao campo, deixar-se ao vento e às folhas, às flores
Sujando tudo de cores e formas, permitindo-se, vãs,
Aos insetos, às aves, à magia da vida transitando,
Distraída, pelas escarpas do que se faz inapreensível
Por indefinível em si, exigindo presenças e poemas.
E namorar. Se presa da preguiça, do sono, do cansaço
Permanecer, deixar-se estar abandonado na mente
Voando como gaivotas vagabundas navegando o ar,
E ir aos poemas, às pinturas, a qualquer coisa estranha
Que se faça íntima, parte de nós, a parte que ficará.
Por isso não entendo essa gente que se gasta na sorte,
Como se contassem tempo para encontrar a morte.
Sou dos que se escondem do tempo, e exijo respeito.
Não insista, não me convide, não teime: eu odeio game!
Se é para rimar com jogar: é melhor praiar, campear,
Versejar, vagabundear... Qualquer coisa, e namorar.
Francisco Costa
Rio, 30/01/2013.
Sim, ir à praia, se permitir sôfrego ao mar e ao sol,
Observar aves marinhas em arribação, namorar.
Ou deitar na rede, livro na mão, cabeça lá longe,
Vagando, vagando... No espaço do imaginário ali,
Real e tangível como um acorde de violino,
A luz matinal, um beijo dado em surdina, escondido.
Ir ao campo, deixar-se ao vento e às folhas, às flores
Sujando tudo de cores e formas, permitindo-se, vãs,
Aos insetos, às aves, à magia da vida transitando,
Distraída, pelas escarpas do que se faz inapreensível
Por indefinível em si, exigindo presenças e poemas.
E namorar. Se presa da preguiça, do sono, do cansaço
Permanecer, deixar-se estar abandonado na mente
Voando como gaivotas vagabundas navegando o ar,
E ir aos poemas, às pinturas, a qualquer coisa estranha
Que se faça íntima, parte de nós, a parte que ficará.
Por isso não entendo essa gente que se gasta na sorte,
Como se contassem tempo para encontrar a morte.
Sou dos que se escondem do tempo, e exijo respeito.
Não insista, não me convide, não teime: eu odeio game!
Se é para rimar com jogar: é melhor praiar, campear,
Versejar, vagabundear... Qualquer coisa, e namorar.
Francisco Costa
Rio, 30/01/2013.
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