AUTORES NA "ANTOLOGIA VOAR NA POESIA"
Francisco Costa
EM CRISE EXISTENCIAL
Deveriam instituir o dia do vazio,
Para homenagear aqueles dias
Fora dos calendários, não amanhecidos,
Feitos de modorra e ansiedade.
Aqueles dias em que nada faz sentido
E um sorriso é gesto inútil, inócuo,
Porque sem tradução possível na emoção.
São dias ensolarados ou chuvosos,
Não importa, porque o tempo fechado
É interior, habita no mais íntimo da dor.
Em dias assim qualquer questionamento
É inútil, vão, fadado a não ter respostas
Porque tudo transcende e não se mostra.
Questiona-se a razão de estar aqui, Deus,
O porque da existência de tudo, o cosmos,
Tudo reduzido a simples incógnita, um xis
Exigindo a resolução que jamais haverá,
Deixando tudo vazio, sem razão de ser,
Absurdo, canhestro, absolutamente vazio
E sem sentido, em pesadelo absoluto,
Como um sapo dançando valsa na sala.
Em dias assim melhor fora ter morrido
Antes que a primeira pergunta surgisse
E a primeira ausência de resposta se anunciasse.
Francisco Costa
Rio 31/01/2013.
EM CRISE EXISTENCIAL
Deveriam instituir o dia do vazio,
Para homenagear aqueles dias
Fora dos calendários, não amanhecidos,
Feitos de modorra e ansiedade.
Aqueles dias em que nada faz sentido
E um sorriso é gesto inútil, inócuo,
Porque sem tradução possível na emoção.
São dias ensolarados ou chuvosos,
Não importa, porque o tempo fechado
É interior, habita no mais íntimo da dor.
Em dias assim qualquer questionamento
É inútil, vão, fadado a não ter respostas
Porque tudo transcende e não se mostra.
Questiona-se a razão de estar aqui, Deus,
O porque da existência de tudo, o cosmos,
Tudo reduzido a simples incógnita, um xis
Exigindo a resolução que jamais haverá,
Deixando tudo vazio, sem razão de ser,
Absurdo, canhestro, absolutamente vazio
E sem sentido, em pesadelo absoluto,
Como um sapo dançando valsa na sala.
Em dias assim melhor fora ter morrido
Antes que a primeira pergunta surgisse
E a primeira ausência de resposta se anunciasse.
Francisco Costa
Rio 31/01/2013.
Deveriam instituir o dia do vazio,
Para homenagear aqueles dias
Fora dos calendários, não amanhecidos,
Feitos de modorra e ansiedade.
Aqueles dias em que nada faz sentido
E um sorriso é gesto inútil, inócuo,
Porque sem tradução possível na emoção.
São dias ensolarados ou chuvosos,
Não importa, porque o tempo fechado
É interior, habita no mais íntimo da dor.
Em dias assim qualquer questionamento
É inútil, vão, fadado a não ter respostas
Porque tudo transcende e não se mostra.
Questiona-se a razão de estar aqui, Deus,
O porque da existência de tudo, o cosmos,
Tudo reduzido a simples incógnita, um xis
Exigindo a resolução que jamais haverá,
Deixando tudo vazio, sem razão de ser,
Absurdo, canhestro, absolutamente vazio
E sem sentido, em pesadelo absoluto,
Como um sapo dançando valsa na sala.
Em dias assim melhor fora ter morrido
Antes que a primeira pergunta surgisse
E a primeira ausência de resposta se anunciasse.
Francisco Costa
Rio 31/01/2013.
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