"POETAR"
3/2013
26.01
26.01
Leonor Santos
Naqueles dias a TV ainda era a preto e branco. O preto dos programas mais eruditos; o branco dos que tinham uma componente mais lúdica.
Naqueles dias o televisor estava no quarto dos meus pais, em lugar de destaque para que todos pudessem ver.
Naqueles dias juntávamo-nos quando constava da programação algum filme “cómico”, e em família, partilhávamos momentos hilariantes.
O meu pai, ali, desfrutando connosco as peripécias cinematográficas, perdia o perfil austero que o caracterizava, verbalizando comentários que tornavam ainda mais caricatas as cenas. O seu próprio rir, era peculiar e contagiante.
Naqueles dias, uma ventania de riso, elevava o nosso ânimo, como o vento eleva o papagaio sobre as areias da praia, e a nossa mente tomava outra perspectiva, num superlativo absoluto sintético de boa disposição.
... A minha querida mãe adoçava de novo o seu lindo olhar azul, nas gargalhadas espontâneas das crianças; mais uma observação improvisada do meu pai, e ríamos até às lágrimas – também as há de alegria!
Só o homem tem capacidade (privilégio!) de rir. Pena que não usufruamos mais dele, e que a adultez nos prive tanta vez da salutar risada. Mas o riso das crianças…é genuíno, inocente, e…completamente livre.
Alguma nostalgia me invade, quando recordo esses dias em que a TV orquestrava as nossas tardes, mas não tinha a batuta em seu poder, e assim, quando era preciso, ela do seu lugar sobranceiro, emanava o que nos convinha, na hora certa, e o rodopio de alegria acendia a chama de felicidade.
Penso que, na actual conjuntura, todos carecemos, de uma ventania de riso, que nos “aligeire a carga”, que una a família, que nos humanize, que nos reabilite como verdadeira terapia que é.
“A gargalhada é o Sol que varre o Inverno do rosto humano” – dizia Victor Hugo.
Et c’est vrai
Naqueles dias a TV ainda era a preto e branco. O preto dos programas mais eruditos; o branco dos que tinham uma componente mais lúdica.
Naqueles dias o televisor estava no quarto dos meus pais, em lugar de destaque para que todos pudessem ver.
Naqueles dias juntávamo-nos quando constava da programação algum filme “cómico”, e em família, partilhávamos momentos hilariantes.
O meu pai, ali, desfrutando connosco as peripécias cinematográficas, perdia o perfil austero que o caracterizava, verbalizando comentários que tornavam ainda mais caricatas as cenas. O seu próprio rir, era peculiar e contagiante.
Naqueles dias, uma ventania de riso, elevava o nosso ânimo, como o vento eleva o papagaio sobre as areias da praia, e a nossa mente tomava outra perspectiva, num superlativo absoluto sintético de boa disposição.
... A minha querida mãe adoçava de novo o seu lindo olhar azul, nas gargalhadas espontâneas das crianças; mais uma observação improvisada do meu pai, e ríamos até às lágrimas – também as há de alegria!
Só o homem tem capacidade (privilégio!) de rir. Pena que não usufruamos mais dele, e que a adultez nos prive tanta vez da salutar risada. Mas o riso das crianças…é genuíno, inocente, e…completamente livre.
Alguma nostalgia me invade, quando recordo esses dias em que a TV orquestrava as nossas tardes, mas não tinha a batuta em seu poder, e assim, quando era preciso, ela do seu lugar sobranceiro, emanava o que nos convinha, na hora certa, e o rodopio de alegria acendia a chama de felicidade.
Penso que, na actual conjuntura, todos carecemos, de uma ventania de riso, que nos “aligeire a carga”, que una a família, que nos humanize, que nos reabilite como verdadeira terapia que é.
“A gargalhada é o Sol que varre o Inverno do rosto humano” – dizia Victor Hugo.
Et c’est vrai
Naqueles dias o televisor estava no quarto dos meus pais, em lugar de destaque para que todos pudessem ver.
Naqueles dias juntávamo-nos quando constava da programação algum filme “cómico”, e em família, partilhávamos momentos hilariantes.
O meu pai, ali, desfrutando connosco as peripécias cinematográficas, perdia o perfil austero que o caracterizava, verbalizando comentários que tornavam ainda mais caricatas as cenas. O seu próprio rir, era peculiar e contagiante.
Naqueles dias, uma ventania de riso, elevava o nosso ânimo, como o vento eleva o papagaio sobre as areias da praia, e a nossa mente tomava outra perspectiva, num superlativo absoluto sintético de boa disposição.
... A minha querida mãe adoçava de novo o seu lindo olhar azul, nas gargalhadas espontâneas das crianças; mais uma observação improvisada do meu pai, e ríamos até às lágrimas – também as há de alegria!
Só o homem tem capacidade (privilégio!) de rir. Pena que não usufruamos mais dele, e que a adultez nos prive tanta vez da salutar risada. Mas o riso das crianças…é genuíno, inocente, e…completamente livre.
Alguma nostalgia me invade, quando recordo esses dias em que a TV orquestrava as nossas tardes, mas não tinha a batuta em seu poder, e assim, quando era preciso, ela do seu lugar sobranceiro, emanava o que nos convinha, na hora certa, e o rodopio de alegria acendia a chama de felicidade.
Penso que, na actual conjuntura, todos carecemos, de uma ventania de riso, que nos “aligeire a carga”, que una a família, que nos humanize, que nos reabilite como verdadeira terapia que é.
“A gargalhada é o Sol que varre o Inverno do rosto humano” – dizia Victor Hugo.
Et c’est vrai
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