Francisco Costa
INFIEL
Tens tudo o que não gosto:
Sabor de pedra e queimadura,
Inatividade de estátuas nuas,
Ausência de critérios, sombras.
Tua trama se tece longe,
Entre traições
E afagos alternados.
Nada em ti lembra segurança:
Âncoras sucedendo viagens,
Pouso reparador na tarde,
Colo de mãe, primaveras.
Arisca e maleável, oleosa,
Escapas à fixação de braços
E às algemas de abraços,
Como água morro abaixo.
Se ao golpe de uma palavra
Mais franca, em ti estala
A dissimulação e o silêncio.
És brisa que esconde temporal.
Aparentemente frágil e vencida,
Te ergues sempre na ausência,
E na ausência te administras
Ave de rapina no crepúsculo.
És assim, novena ao contrário,
Dedos nas contas de pecados,
Toda boca soletrando miúda
A conjugação do verbo trair.
Francisco Costa
INFIEL
Tens tudo o que não gosto:
Sabor de pedra e queimadura,
Inatividade de estátuas nuas,
Ausência de critérios, sombras.
Tua trama se tece longe,
Entre traições
E afagos alternados.
Nada em ti lembra segurança:
Âncoras sucedendo viagens,
Pouso reparador na tarde,
Colo de mãe, primaveras.
Arisca e maleável, oleosa,
Escapas à fixação de braços
E às algemas de abraços,
Como água morro abaixo.
Se ao golpe de uma palavra
Mais franca, em ti estala
A dissimulação e o silêncio.
És brisa que esconde temporal.
Aparentemente frágil e vencida,
Te ergues sempre na ausência,
E na ausência te administras
Ave de rapina no crepúsculo.
És assim, novena ao contrário,
Dedos nas contas de pecados,
Toda boca soletrando miúda
A conjugação do verbo trair.
Francisco Costa
Tens tudo o que não gosto:
Sabor de pedra e queimadura,
Inatividade de estátuas nuas,
Ausência de critérios, sombras.
Tua trama se tece longe,
Entre traições
E afagos alternados.
Nada em ti lembra segurança:
Âncoras sucedendo viagens,
Pouso reparador na tarde,
Colo de mãe, primaveras.
Arisca e maleável, oleosa,
Escapas à fixação de braços
E às algemas de abraços,
Como água morro abaixo.
Se ao golpe de uma palavra
Mais franca, em ti estala
A dissimulação e o silêncio.
És brisa que esconde temporal.
Aparentemente frágil e vencida,
Te ergues sempre na ausência,
E na ausência te administras
Ave de rapina no crepúsculo.
És assim, novena ao contrário,
Dedos nas contas de pecados,
Toda boca soletrando miúda
A conjugação do verbo trair.
Francisco Costa
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