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domingo, 27 de janeiro de 2013

A CASA ASSOMBRADA E O MODESS - Antonio Carlos Gomes

 
Antonio Carlos Gomes
 
 
 

A CASA ASSOMBRADA E O MODESS





Estou sem a mínima vontade de fazer qualquer coisa. Está mais fresco e com garoa, só eu e o Lacan, meu amigo cão, a rádio ligada e o pensamento, felizmente disperso.


Acontece que nestas horas lembranças estranhas agitam o departamento de memórias esquecidas, foi aí que recordei fatos há muito perdidos. Era bem moleque, não lembro ao certo a idade.


Morava na Alameda Lorena em Sampa, virando a esquina, na Alameda Campinas bem no meio do quarteirão tinha a casa assombrada. Na verdade, uma senhora ali havia morrido após longo sofrimento, as comadres falavam que a mesma não queria morrer. Foi o que bastou para a pequena molecada achar que o espirito ficou na casa. Eu evitava passar por ali, por medo mesmo.


Certo dia minha mãe mandou-me a farmácia com um bilhete, comprar não sei o que. Tinha de passar em frente à casa assombrada. Dar a volta demoraria e não sabia se era urgente, era melhor ir logo. Passei correndo, cheguei ao estabelecimento. Dei o papel e a balconista me entregou um pacote que já vinha embrulhado, macio, grande, não era um vidro. Fiquei curioso.


Desci retornando e na hora que corria defronte a casa, cai e ralei o joelho. Com dor e tudo entreguei rapidamente a encomenda misteriosa. Perguntei o que era: não obtive resposta. Minha progenitora apenas passou a água oxigenada e a seguir o mercúrio cromo, receita de curativo da época.


Conversando com a molecada, descobri que aquilo era o tal de Modess, para a tal da menstruação; vocabulário que me era totalmente esquisito. Era tabu falar para as crianças, por isso vinha embrulhado.


Quanto a correr em frente à casa mal assombrada, nunca mais o fiz. Passava andando mesmo, o medo da queda era muito maior.


Não sei até hoje se a assombração mudou de endereço.




26/01/13


Tony-poeta

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