Laisa Ricestoker
Silenciada...
“As palavras mais difíceis de se dizer são as enterradas no silêncio, as que são tão necessárias, mas estão sepultadas pelo que cala no túmulo do conformismo, sob sete palmos de anos passados, asfixiado em seu próprio vácuo você busca o ar, quer gritar, mas o som não se propaga, e você ouve ecos longínquos dos que tudo sabem, ou que muito se importam, dizendo que você deve sair da inércia, mas você não pode, porque não está em estado de apatia, a apatia é quem está em você, seu estado letárgico, taciturno forçado, forçando a mais um letal turno na areia movediça, quanto mais se move, mas afunda, poço fundo, a agonia de estar calado quando se deseja dizer... tanto a dizer, mas o tempo passou, e aquelas palavras não cabem mais, já são tão banais, tão repetitivas, de tão vitais que eram se tornaram mortas, foram esquecidas em algum cemitério de pensamentos pertinentes, mas inúteis... como um arquivo morto, velado, mumificado, era importante, era necessário, é tempo perdido, e esse tempo que dizem Doutor, em mim nada curou, sigo me afogando nos fluidos do meu próprio fôlego, submergida nos gritos da voz que não mais possuo... imersa no hálito frio de uma calmaria que tem a face surda, muda, cega, de sorriso falso, e uma boca com poucos dentes e muita ironia, a boca do silêncio..."
Laisa Ricestoker
“As palavras mais difíceis de se dizer são as enterradas no silêncio, as que são tão necessárias, mas estão sepultadas pelo que cala no túmulo do conformismo, sob sete palmos de anos passados, asfixiado em seu próprio vácuo você busca o ar, quer gritar, mas o som não se propaga, e você ouve ecos longínquos dos que tudo sabem, ou que muito se importam, dizendo que você deve sair da inércia, mas você não pode, porque não está em estado de apatia, a apatia é quem está em você, seu estado letárgico, taciturno forçado, forçando a mais um letal turno na areia movediça, quanto mais se move, mas afunda, poço fundo, a agonia de estar calado quando se deseja dizer... tanto a dizer, mas o tempo passou, e aquelas palavras não cabem mais, já são tão banais, tão repetitivas, de tão vitais que eram se tornaram mortas, foram esquecidas em algum cemitério de pensamentos pertinentes, mas inúteis... como um arquivo morto, velado, mumificado, era importante, era necessário, é tempo perdido, e esse tempo que dizem Doutor, em mim nada curou, sigo me afogando nos fluidos do meu próprio fôlego, submergida nos gritos da voz que não mais possuo... imersa no hálito frio de uma calmaria que tem a face surda, muda, cega, de sorriso falso, e uma boca com poucos dentes e muita ironia, a boca do silêncio..."
Laisa Ricestoker
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