Cuspi-lhe no rosto, enojada. Era a décima vez que me traía, me enganava, me fazia sentir o que eu não queria mais sentir... Feiticeiro aquele homem... Como podia me escravisar assim, puxando os cordéis dos meus sentimentos como o de uma marionete predileta?
Fui dormir em paz! Finalmente em paz! Livre dele, livre daquela presença amaldiçoada, daquela doença!
Ah!... como foi doce o champagne aquela noite! Sozinha! Finalmente sozinha!...
A semana passou toda assim. Eu, embriagada com a minha liberdade, minha solteirice, revendo os amigos perdidos naqueles anos insanos, a raiva surda me envolvendo por ter sido tão estúpida – e olha que avisos não faltaram... “Cê ta maluca, o cara não vale nada!” – era o que eu ouvia, até das ex-namoradas.
Me ligou de repente. Como se nada tivesse acontecido, o cínico! Falou que compreendia minha raiva. Mas que ainda me amava, precisava de mim, queria me ver...
Claro que fui! Precisava mostrar a ele como estava bem! Precisava lhe dizer uma última vez, o quanto ele era um merda!
Quando o vi ao longe, minha boca ficou seca.
Quando estava a poucos passos de mim, com aquele sorriso debochado nos lábios, minhas pernas tremeram levemente.
Quando me agarrou, sem dizer uma palavra, e me beijou, como só ele sabe beijar uma mulher...
Ai!...
Eduardo Ramos
Cuspi-lhe no rosto, enojada. Era a décima vez que me traía, me enganava, me fazia sentir o que eu não queria mais sentir... Feiticeiro aquele homem... Como podia me escravisar assim, puxando os cordéis dos meus sentimentos como o de uma marionete predileta?
Fui dormir em paz! Finalmente em paz! Livre dele, livre daquela presença amaldiçoada, daquela doença!
Ah!... como foi doce o champagne aquela noite! Sozinha! Finalmente sozinha!...
A semana passou toda assim. Eu, embriagada com a minha liberdade, minha solteirice, revendo os amigos perdidos naqueles anos insanos, a raiva surda me envolvendo por ter sido tão estúpida – e olha que avisos não faltaram... “Cê ta maluca, o cara não vale nada!” – era o que eu ouvia, até das ex-namoradas.
Me ligou de repente. Como se nada tivesse acontecido, o cínico! Falou que compreendia minha raiva. Mas que ainda me amava, precisava de mim, queria me ver...
Claro que fui! Precisava mostrar a ele como estava bem! Precisava lhe dizer uma última vez, o quanto ele era um merda!
Quando o vi ao longe, minha boca ficou seca.
Quando estava a poucos passos de mim, com aquele sorriso debochado nos lábios, minhas pernas tremeram levemente.
Quando me agarrou, sem dizer uma palavra, e me beijou, como só ele sabe beijar uma mulher...
Ai!...
A semana passou toda assim. Eu, embriagada com a minha liberdade, minha solteirice, revendo os amigos perdidos naqueles anos insanos, a raiva surda me envolvendo por ter sido tão estúpida – e olha que avisos não faltaram... “Cê ta maluca, o cara não vale nada!” – era o que eu ouvia, até das ex-namoradas.
Me ligou de repente. Como se nada tivesse acontecido, o cínico! Falou que compreendia minha raiva. Mas que ainda me amava, precisava de mim, queria me ver...
Claro que fui! Precisava mostrar a ele como estava bem! Precisava lhe dizer uma última vez, o quanto ele era um merda!
Quando o vi ao longe, minha boca ficou seca.
Quando estava a poucos passos de mim, com aquele sorriso debochado nos lábios, minhas pernas tremeram levemente.
Quando me agarrou, sem dizer uma palavra, e me beijou, como só ele sabe beijar uma mulher...
Ai!...
Eduardo Ramos
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