Eu nunca andei por tuas ruas,
cidade que, em sonhos, vejo:
vielas/pátios/escadas/
Ah! Como tudo isso eu desejo!
Como tudo isso faz-me encanto!
Minha imaginação por ti passeia:
São calçadas, candeeiros, santos,
roupas nas sacadas, mercearias,
e o sol, com alegria, a se derramar
sobre tudo o que o homem semeia.
Teu povo moreno e tão musical
canta o fado em muitas tabernas,
com paixão (e com dor interna)
pois corre-lhes, no sangue, o vinho
e, no meu, essa atração eterna.
Ai, como posso assim querer-te:
tuas luzes, tua cor, teu porto
por onde caminho meio absorto,
com os meus penares, sozinho,
querendo mais um pouco ver-te?
Da tarde, observo a luz derradeira,
num entardecer que breve cai,
e, enquanto recito algo de Pessoa,
(o mágico poeta que me atrai)
minh'alma se desdobra inteira.
Do Tejo, sinto uma força ideal,
e guardo-o na minha memória
feito uma jóia de Portugal -
apenas imaginando minha glória
se pisasse nesse solo ancestral.
Lisboa! Apago então o meu fumo,
viro para o lado e, afinal, durmo...
Silvia Regina Costa lima
Como tudo isso faz-me encanto!
Minha imaginação por ti passeia:
São calçadas, candeeiros, santos,
roupas nas sacadas, mercearias,
e o sol, com alegria, a se derramar
sobre tudo o que o homem semeia.
Teu povo moreno e tão musical
canta o fado em muitas tabernas,
com paixão (e com dor interna)
pois corre-lhes, no sangue, o vinho
e, no meu, essa atração eterna.
Ai, como posso assim querer-te:
tuas luzes, tua cor, teu porto
por onde caminho meio absorto,
com os meus penares, sozinho,
querendo mais um pouco ver-te?
Da tarde, observo a luz derradeira,
num entardecer que breve cai,
e, enquanto recito algo de Pessoa,
(o mágico poeta que me atrai)
minh'alma se desdobra inteira.
Do Tejo, sinto uma força ideal,
e guardo-o na minha memória
feito uma jóia de Portugal -
apenas imaginando minha glória
se pisasse nesse solo ancestral.
Lisboa! Apago então o meu fumo,
viro para o lado e, afinal, durmo...
Silvia Regina Costa lima
6 de novembro de 2010
Código do texto: T2602561
veja com mais fotos aqui:
http:// www.recantodasletras.com.br/ poesiastranscendentais/2602561
Código do texto: T2602561
veja com mais fotos aqui:
http://
Sem comentários:
Enviar um comentário