Zé Loureiro
TERRA, UM LAR NÃO SÓ DE GENTE
Soubesse o lobo falar,
e diria certamente:
vós ocupaste meu lar,
já não vivo livremente.
Soubesse o peixe falar,
decerto diria à gente:
foste meu lar conspurcar,
e me matais lentamente.
E a joaninha dizer,
e por certo nos diria,
que plantas irão morrer,
porque a gente a irradia.
E uma pomba dizer,
e dos altos, nos diria:
receio em terra descer,
a despiram de alegria.
Prouvera ao homem repor,
à terra a sua harmonia,
lhe volvendo a verde cor,
para cessar-lhe a agonia.
Soubesse o lobo falar,
e diria certamente:
vós ocupaste meu lar,
já não vivo livremente.
Soubesse o peixe falar,
decerto diria à gente:
foste meu lar conspurcar,
e me matais lentamente.
E a joaninha dizer,
e por certo nos diria,
que plantas irão morrer,
porque a gente a irradia.
E uma pomba dizer,
e dos altos, nos diria:
receio em terra descer,
a despiram de alegria.
Prouvera ao homem repor,
à terra a sua harmonia,
lhe volvendo a verde cor,
para cessar-lhe a agonia.
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