"POEMA DA SEMANA" 5/2013
08.02
Menção Honrosa de Participação
08.02
Menção Honrosa de Participação
SIM,
SEM TI…
…uma rua abrir-se-ia para o mar levando meus sonhos ondulantes
nas vagas a ofegar maresia…
…uma curva numa ilha não teria onde desaguar, levando-te a descansar
à sombra de robustas palmeiras…
…a essência inacabada de mim não conseguiria escutar os passos musicais
do tempo-inteiro,
aquele que passa pela paisagem raiada das manhãs sazonais…
Sem ti…
…um piano fechado não tocaria as notas da pauta
que é meu corpo a soar…
e
SEM TI…
…uma rua abrir-se-ia para o mar levando meus sonhos ondulantes
nas vagas a ofegar maresia…
…uma curva numa ilha não teria onde desaguar, levando-te a descansar
à sombra de robustas palmeiras…
…a essência inacabada de mim não conseguiria escutar os passos musicais
do tempo-inteiro,
aquele que passa pela paisagem raiada das manhãs sazonais…
Sem ti…
…um piano fechado não tocaria as notas da pauta
que é meu corpo a soar…
e
na gaveta secreta da vida cairia o livro que lemos em horas crepusculares,
onde não anotámos nossos olhares!
…e o anoitecer chegaria sempre mais cedo, a tempo de apagar estátuas clássicas,
eternamente à espera do brilho do luar…
Pois, sem ti…
…as madressilvas murcham e escondem os aromas nos silvados agrestes,
que se enredam na alegria das aves
a cantar sonatas mágicas…
…e
as pontes não unem as margens por onde os rios vão deslizando,
fora da corrente…longe das aragens,
onde a face fria do dia sente o vento passar, levando as folhas
da confluência da libido na tempestade das árvores…
Sim,
sem ti,
adensam-se as névoas
onde não anotámos nossos olhares!
…e o anoitecer chegaria sempre mais cedo, a tempo de apagar estátuas clássicas,
eternamente à espera do brilho do luar…
Pois, sem ti…
…as madressilvas murcham e escondem os aromas nos silvados agrestes,
que se enredam na alegria das aves
a cantar sonatas mágicas…
…e
as pontes não unem as margens por onde os rios vão deslizando,
fora da corrente…longe das aragens,
onde a face fria do dia sente o vento passar, levando as folhas
da confluência da libido na tempestade das árvores…
Sim,
sem ti,
adensam-se as névoas
e move-se, iludindo-nos,
o tempo ,
enroupado
em-reinos-de-saudade…
Contigo…
no solfejo das algas torna o resíduo da música das águas,
que ajudam a moldar a arquitectura do poema-realidade-da-minha-f
num íntimo universo de pedregosas fráguas.
Contigo…
enfim,
irrompe o perfume matinal das sílabas orvalhadas
nos muros silenciosos das montanhas, ainda escurecidas.
Marilisa Ribeiro-(mqc)-14/013
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