(jrg) João Raimundo Gonçalves- nasceu no lugar da Costa de Caparica – Trafaria
"A minha Pátria ou MÁTRIA é a alma humana!", é sua a expressão.
Aprendiz de viver- escreve versos e textos do interior da alma…do que aprendeu e viveu…do que sonhou e sonha!
Como pensador acredita na ideia de MÁTRIA, como um sistema de organização humana mais justo e equilibrado!
Tem publicado em diversos blogs:
http://neoabjeccionismo.blogs.sapo.pt/
http://romanesco.blogs.sapo.pt/
http://samueldabo.blogs.sapo.pt/
http://direito-de-resposta.blogspot.com/
criou a mini rede no NING:
http://maresiaspoetasportugueses.ning.com/?xgi=33hhlK5pz8oaNf
Publicações em livro:
-Fragrâncias de Luz…poema com o mesmo título, à laia de prefácio-Fevereiro 2012
-Participação na Colectânea “Poetar Contemporâneo”vol II – edições vieira da silva-Maio 2012
-Participação na colectânea “Corda Bamba” – edição Pastelaria Estúdios Editora-Junho 2012
-Participação na Colectânea Ocultos Buracos - Edição Pastelaria
Estúdios Editora - Outubro de 2012
Participação no programa "Dizer poesia" de Isabel Branco, na RDP Internacional...nº 106 em 02 de Outubro 2012
Os poemas abaixo foram os que fizeram parte do reportório sobre o poeta no programa "Dizer Poesia" de Isabel Branco.
http://soundcloud.com/marisabel-branco/106-programa-jo-o-raimundo-gon
E SE DE REPENTE
ME FECHASSE PARA BALANÇO?
***
de repente
enquanto à volta os meus passos
movimentam
tudo o que em mim é movimento
acho-me a pensar
que não tenho mais nada a dizer
depois do que disse
de tanto dito que li em meu redor
já só me falta não ser
na imensidão do mar eu abismo
sem sol nem luar
*
de repenteenquanto à volta os meus passos
movimentam
tudo o que em mim é movimento
acho-me a pensar
que não tenho mais nada a dizer
depois do que disse
de tanto dito que li em meu redor
já só me falta não ser
na imensidão do mar eu abismo
sem sol nem luar
*
um desejo impetuoso de parar
ficar quieto
como uma maioria absoluta
a definhar
olhando sem ver o louco a louca
vicejando ao alvorecer
em cada esquina da vida a decantar
aforismos poemas
e causas tremendas horríveis
a doer-me de amar
*
ficar quieto
como uma maioria absoluta
a definhar
olhando sem ver o louco a louca
vicejando ao alvorecer
em cada esquina da vida a decantar
aforismos poemas
e causas tremendas horríveis
a doer-me de amar
*
de repente
tudo o que disse me soa a nada
vácuo vão inútil
de tanto pensar ensandeci de amor
pedra pesada
que não chega ao cimo da montanha
a meio descamba
e arrasta o que me resta de ter sido
coragem esperança
com a memória ainda em sangue
tão desventrada
*
tudo o que disse me soa a nada
vácuo vão inútil
de tanto pensar ensandeci de amor
pedra pesada
que não chega ao cimo da montanha
a meio descamba
e arrasta o que me resta de ter sido
coragem esperança
com a memória ainda em sangue
tão desventrada
*
de repente
não tenho deus nem pátria
nem família ou amigos
pés ou mãos que me aconcheguem
todos me calam
na profundidade de absurdos segredos
e se escudam
na promiscuidade da minha evidência
árida estéril imbecil
a propagar que já não tenho medos
para onde fugir
*
não tenho deus nem pátria
nem família ou amigos
pés ou mãos que me aconcheguem
todos me calam
na profundidade de absurdos segredos
e se escudam
na promiscuidade da minha evidência
árida estéril imbecil
a propagar que já não tenho medos
para onde fugir
*
de repente
se um doce veneno uma picada indolor
um terramoto uma avalanche
de ideias consecutivas me acudissem
sem ter que perder
nem explicar-me a decisão de sair
de não mais dizer
que abomino o clamor deste silêncio
de onde teimo gritar
aos meus próprios passos que me sitiam
a alma surpreendida
*
se um doce veneno uma picada indolor
um terramoto uma avalanche
de ideias consecutivas me acudissem
sem ter que perder
nem explicar-me a decisão de sair
de não mais dizer
que abomino o clamor deste silêncio
de onde teimo gritar
aos meus próprios passos que me sitiam
a alma surpreendida
*
de repente
uma vontade indomável de apagar
o que me identifica
lunático a acreditar na falsa esperança
que amar é dor que amor alcança
e a não querer ver a materialização fatal
que me e nos condena
à servil condição de sonhadores
de criar sonhos especular
sabendo de antemão que não vale mais a pena
viver nesta agonia a adiar
*
uma vontade indomável de apagar
o que me identifica
lunático a acreditar na falsa esperança
que amar é dor que amor alcança
e a não querer ver a materialização fatal
que me e nos condena
à servil condição de sonhadores
de criar sonhos especular
sabendo de antemão que não vale mais a pena
viver nesta agonia a adiar
*
de repente
desligo o botão que me liga à máquina
e permito que o meu silêncio
seja também ele um grito fantástico
a ecoar nas almas em espertina
ninguém dará por nada tão de súbito
como a luz que se apaga
fica ainda a claridade do apagão a confundir-nos
sinto a leveza da queda
neste abismo que é o não ser em absoluto
depois volto à normalidade de viver
**
como se nada tivesse acontecido!!!
autor: (jrg)
desligo o botão que me liga à máquina
e permito que o meu silêncio
seja também ele um grito fantástico
a ecoar nas almas em espertina
ninguém dará por nada tão de súbito
como a luz que se apaga
fica ainda a claridade do apagão a confundir-nos
sinto a leveza da queda
neste abismo que é o não ser em absoluto
depois volto à normalidade de viver
**
como se nada tivesse acontecido!!!
autor: (jrg)
-----*****-----
REGURGITAR AMOR...
Imagino a gruta
para onde te levo
sob a falésia os arbustos
o aroma das urzes
onde te rimo com mar
e o mar de tanto amar
tão teu e meu a dor
lembro o sonho
de amantes sem segredos
enrolados nos corpos
possessos de beijos
para diversão das almas
que sabiam
da efemeridade dos medos
evoco da memória
que havia escondido no sonho
um pesadelo activado
porque amavas demais
um outro que em mim achavas
tão parecido ou crente a jeito
no sonho feito segredo
recordo o meu o teu
desinquietado desassossego
por onde desvairados
nos amamos sem pudor os corpos
por entre manchas de ternura
lágrimas compulsivas
de sal e mel te escorriam
regurgito onde te memorizo
o grito o gesto subil o cheiro
as palavras que disseste
de amor sentido meu degredo
e da vontade que é partir
ao teu e meu encontro
dizer-te que não tenhas medo
autor: (jrg)
o grito o gesto subil o cheiro
as palavras que disseste
de amor sentido meu degredo
e da vontade que é partir
ao teu e meu encontro
dizer-te que não tenhas medo
autor: (jrg)
Maria... Vitor...venho duma emoção ou tantas...dia cheio...e deparo-me com esta onda de sensibilidade poética...amigo...amigos....obrigado pela força deste destaque que me orgulha de ser na vossa amizade...já não só poética, mas também humana...não sei quem são, mas sei, seguramente que são já uma marca indelével no panorama poético em língua Portuguesa...Um abraço fraterno e o desejo que resistam às intempéries da humanidade em mutação...jrg
ResponderEliminarJoão Raimundo Gonçalves, É um prazer conhece-lo, ganhastes mais uma fã.
ResponderEliminarmeu toque...é um nome sedutor...o prazer da descoberta é mútuo...bem vinda à emoção das palavras...
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