Francisco Costa
De tudo só ficou o silêncio,
Essa abissal impressão do nada,
Um vazio de séculos, infortúnio
Que se degrada autocomiseração,
Para mais doer e incomodar.
Essa abissal impressão do nada,
Um vazio de séculos, infortúnio
Que se degrada autocomiseração,
Para mais doer e incomodar.
O silêncio da folha em ausência de brisa,
De lábios crispados, da imobilidade
Posta em qualquer vontade, um grito
Morto antes de nascer, um espasmo.
É a loucura consciente, o saber-se vivo,
Com o metabolismo ativo, em provimento
Às atividades que não sustentam emoções,
Todas elas mortas, inativas, ausentes,
Levadas pelo que o tempo não devolverá.
Inconsciente e determinada, senhora de si,
Aquela mulher me levou. Agora, aqui,
Ruínas do que eu era, escombros de mim
Choro a saudade do que fui.
Francisco Costa
Rio, 27/11/2014.
De lábios crispados, da imobilidade
Posta em qualquer vontade, um grito
Morto antes de nascer, um espasmo.
É a loucura consciente, o saber-se vivo,
Com o metabolismo ativo, em provimento
Às atividades que não sustentam emoções,
Todas elas mortas, inativas, ausentes,
Levadas pelo que o tempo não devolverá.
Inconsciente e determinada, senhora de si,
Aquela mulher me levou. Agora, aqui,
Ruínas do que eu era, escombros de mim
Choro a saudade do que fui.
Francisco Costa
Rio, 27/11/2014.
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