Dulce Morais
Não é um véu
Não é um véu que cobre o meu rosto. São sombras de mim que no espaço viajam para melhor esconder o que sou.
Entre o sonho e a realidade passeio, como um sonâmbulo que nunca dormiria. Como um naturalista que nunca observaria a natureza.
Há no espaço entre mim e eu um vazio que preencho, uma porta que atravesso. Quero ser a minha realidade ancorada no meu sonho. Sou pequeno. Sou vão. Talvez não seja eu nada. O devaneio me faz viver. O meu combustível é a imaginação que me leva através das paisagens que nunca vi e dos amores que nunca vivi.
Venham então as sombras cobrir-me para que me não vejam. Fechem-me os olhos para que eu não seja. Mas deixem-me voar através da ponte que me une ao mundo.
Não é um véu
Não é um véu que cobre o meu rosto. São sombras de mim que no espaço viajam para melhor esconder o que sou.
Entre o sonho e a realidade passeio, como um sonâmbulo que nunca dormiria. Como um naturalista que nunca observaria a natureza.
Há no espaço entre mim e eu um vazio que preencho, uma porta que atravesso. Quero ser a minha realidade ancorada no meu sonho. Sou pequeno. Sou vão. Talvez não seja eu nada. O devaneio me faz viver. O meu combustível é a imaginação que me leva através das paisagens que nunca vi e dos amores que nunca vivi.
Venham então as sombras cobrir-me para que me não vejam. Fechem-me os olhos para que eu não seja. Mas deixem-me voar através da ponte que me une ao mundo.
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